quarta-feira, 18 de junho de 2014

O LIMIAR DA TUA MÃO





                                            


Tua mão:
inevitável horizonte de palavras
amanhecer incessante de poesia
onde o verso nasce a todo instante
sob a luz inefável da analogia.
Nesse indecifrável firmamento
em que orbita eterno o dia,
é toda  palavra
a aurora de cada momento.
Se em tua mão vingasse o poente,
um zênite de lirismo se instauraria:
crepúsculo de palavras resplandecente.
A aurora anoiteceria
com tua sombra a guiar a tristeza,
dança lúgubre de poesia,
instante de inominável beleza.
Tua mão:
limiar possível de utopia. 






Elizabeth F. de Oliveira


quinta-feira, 12 de junho de 2014

A PALMA DA TUA MÃO






Teus dedos,
rotas de um vale
onde rios de palavras
traçam silenciosa geografia,
território vasto de poesia
acidentado no percurso da emoção.
Palimpsesto dos versos da vida,
a palma da tua mão,
onde o poema principia,
linhas ocultas de inspiração:
traços de enigmática caligrafia,
previamente grafada em teu coração.







Elizabeth F. de Oliveira