Somos
remanescentes
da
linhagem do afeto,
bardos,
de um outrora
sem
tempo, com versos
manuscritos
de silêncio.
Nossa
bagagem nesta vida
é
séquito de mágoas no peito
e
tristeza imerecida nos olhos,
ignomínia
das lembranças
acumuladas
no estio da existência.
Nossa
trajetória é impiedosamente
sulcada
pela inclemência da solidão,
ponto
de interseção de nossos
inauditos
destinos.
Elizabeth F. de Oliveira