Mostrando postagens com marcador tempo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador tempo. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 4 de março de 2015

DALÍ



Tarô de Dali (Roda da Fortuna)





Surreal
essa linha
que singra de infinito
contornos,
distâncias que guardam
oníricos segredos.
A Roda gira
abismos de ternura
enquanto o Sol flutua
no céu do contentamento.
Os relógios de Dalí
não controlam
as cartas do tempo,
quando o afeto
ganha nome
e a eternidade
resvala em si mesma.







Elizabeth F. de Oliveira



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

LABIRINTO DO TEMPO







Esquecida estou
nesse labirinto do tempo.
Rasgam-se séculos
por esses corredores 
que são o meu périplo.
Deambulo solitária
sem respostas ou salvação;
essa clausura imposta
tem o peso de alguma maldição.
Perco-me na condenação
desses corredores sem fim
mas perdida mesma
estou é dentro de mim
nesse espaço-tempo
que não vigora
onde as noites prevalecem
sobre a aurora,
labirinto dentro de mim.
E quando acordo
desse cárcere onírico
sinto meus pés
nesse espaço físico,
frio e sem saída
do labirinto do tempo
onde me encontro
indefinidamente perdida.




Elizabeth F de Oliveira
Arte de Salvador Dali





sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

VIVÊNCIAS








As vivências migram
para o passado
em forma de lembranças;
como quem tem asas,
asas que voam em direção oposta,
deixando, no tempo,
um rastro indelével de saudade.





Elizabeth F. de Oliveira

Foto: autoria desconhecida





terça-feira, 20 de novembro de 2012

CLAUSURA


 



 

Condenada  fui
á clausura de incontáveis ausências,
ladeada por uma solidão de distâncias.
Reclusa e nomeada
de premonitório isolamento,
abstraio-me de olhares incertos,
entoando o chamamento
silente dos reflexos
retidos na memória de algum tempo.
Circunscrita de labirintos
excessivos de saudade,
recobro,
na eufonia de cada instante,
o murmúrio inaudível de olhares
perdidos na inevitabilidade do tempo.




Elizabeth F. de Oliveira
Foto: autoria desconhecida