Estou
com pena
de deixar a noite lá fora,
nessa madrugada de setembro sem outubro.
Cerrar a porta e abandoná-la
sem despedida, mas com a assinatura
do vento nos cabelos.
Estou com pena
nessa madrugada de setembro sem outubro.
Cerrar a porta e abandoná-la
sem despedida, mas com a assinatura
do vento nos cabelos.
Estou com pena
de deixar a noite lá fora,
Com a lua cheia tangendo
sozinha o céu,
arrebanhando as estrelas,
como se elas já não tivessem
passado pela porteira do infinito.
Estou com pena
de deixar a noite lá fora,
com esse vento
Com a lua cheia tangendo
sozinha o céu,
arrebanhando as estrelas,
como se elas já não tivessem
passado pela porteira do infinito.
Estou com pena
de deixar a noite lá fora,
com esse vento
inventando formas,
desdenhando das sombras
que se alternam à sua vontade.
Estou com pena
de deixar a noite lá fora,
assim, ébria de beleza,
desacompanhada de mim.
desdenhando das sombras
que se alternam à sua vontade.
Estou com pena
de deixar a noite lá fora,
assim, ébria de beleza,
desacompanhada de mim.
Estou com pena de quem deixa a noite lá fora.
Elizabeth F. de Oliveira
Foto: autoria desconhecida
4 comentários:
E eu deixo meu comentário por aqui de que não, você não deixou o seu costumeiro jeito de encantar com Poesia, minha cara... Segue inconfundível! Abraçaço (como diria o Caê)!
Seu poema é um presente nesta noite, Elizabeth!
Vontade de abraçar a noite e me banhar de luar.
Puro encantamento...
Ótimo final de semana!
Abraço :)
A noite vem plena de luz,
faz-nos o leito,
beija-nos as pálpebras,
desnuda-nos…
é a luz no olhar
acendendo o desejo!...
Beijos...
AL
Quando me faz chorar - um choro de encanto - me ganha total.
Linda demais!
Bj no teu coração!
Te amo!
Postar um comentário