Condenada
fui
á clausura de incontáveis ausências,ladeada por uma solidão de distâncias.
Reclusa e nomeada
de premonitório isolamento,
abstraio-me de olhares incertos,
entoando o chamamento
silente dos reflexos
retidos na memória de algum tempo.
Circunscrita de labirintos
excessivos de saudade,
recobro,
na eufonia de cada instante,
o murmúrio inaudível de olhares
perdidos na inevitabilidade do tempo.
Elizabeth F. de Oliveira
Foto: autoria desconhecida
4 comentários:
Uma profunda inquietude transparece das palavras, enquanto um pássaro errante traça no teu rosto, a matriz de um rio intranquilo por onde navega a nau da liberdade...
Beijos...
AL
O poema é bom, mas o estado de espírito, não!
Beijinho para si!
Sempre um belo texto, amiga! Encanta-me a forma como lidas com as palavras. Boa semana!
Como dói uma clausura dessas...
Mas a espera custa menos quando há a certeza da chegada.
Magnífico poema, gostei mesmo muito.
Elizabeth, minha querida amiga, tem uma boa semana.
Beijo.
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