sexta-feira, 21 de março de 2014

OUTONO







Finalmente estás curado
da juventude,
quando  tudo é plenitude:
primavera ou verão.
Agora que o outono se anuncia,
a plenitude cede lugar à poesia
ressaltando a beleza da estação.
Teus olhos, tão plenos de clara idade
que já não te pesam as mãos
cujos gestos são palavras,
tua identidade,
contornados na verdade da emoção.






Elizabeth F. de Oliveira



5 comentários:

Graça Pires disse...

Um poema lindo minha querida Elizabeth. Gosto tanto do outono:
"o lugar onde os temores se confundem com a coragem, onde é permitido recordar amores perdidos"...
E "agora que o outono se anuncia,
a plenitude cede lugar à poesia"...
É excelente!
Um grande beijo.

A.S. disse...

Chegou o outono... mas ainda ardem nas mãos as caricias do Estio...


Beijos!
AL

O Árabe disse...

Belo texto, Elizabeth! Digno da serenidade e da beleza do próprio outono. Boa semana, amiga; obrigado.

Nilson Barcelli disse...

Que a verdade da emoção" não se esgote e esteja sempre presente nos teus poemas, como neste.
Magnífico, gostei muito.
Elizabeth, tem um bom resto de semana.
Beijos.

DE-PROPOSITO disse...

Finalmente estás curado
da juventude,
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Certamente que ficou a saudade !
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Felicidades
Manuel