quarta-feira, 4 de março de 2015

DALÍ



Tarô de Dali (Roda da Fortuna)





Surreal
essa linha
que singra de infinito
contornos,
distâncias que guardam
oníricos segredos.
A Roda gira
abismos de ternura
enquanto o Sol flutua
no céu do contentamento.
Os relógios de Dalí
não controlam
as cartas do tempo,
quando o afeto
ganha nome
e a eternidade
resvala em si mesma.







Elizabeth F. de Oliveira



3 comentários:

Graça Pires disse...

"Os relógios de Dali
não controlam
as cartas do tempo,
quando o afeto
ganha nome
e a eternidade
resvala em si mesma".
Excelente, minha querida amiga!
Não podemos explicar a passagem do tempo no rosto dos dias, de forma alguma porque, como escreveu a poeta Fiama "guardado no silêncio mais espesso o tempo faz e desfaz a vida"...
Um beijo grande.

lila disse...

Muito linda como sempre minha poetisa querida!!!

O Árabe disse...

Sempre linda e às vezes também surreal, Elizabeth, a sua poesia! Boa semana, amiga.