sexta-feira, 26 de abril de 2013

BARDOS








Somos remanescentes
da linhagem do afeto,
bardos, de um outrora
sem tempo, com versos
manuscritos de silêncio.
Nossa bagagem nesta vida
é séquito de mágoas no peito
e tristeza imerecida nos olhos,
ignomínia das lembranças
acumuladas no estio da existência.
Nossa trajetória é impiedosamente
sulcada pela inclemência da solidão,
ponto de interseção de nossos
inauditos destinos.





Elizabeth F. de Oliveira

5 comentários:

Nádia Santos disse...

Versos muito profundos que nos faz refletir. Muito bonito. Um abraçoi e lindo final de semana.

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Dilberto L. Rosa disse...

Desde "Vivências" não pisava por estes belos prados cheios de imagens sonoras e permeadas com as brisas mais levemente inebriadas de doces e múltiplos aromas campestres... Como vai, amiga poetISA, a poetizar com tuas tintas redivivas tudo em volta já tão íngreme e cinza: tua missão é mesmo nobre e simplesmente adorei "Bardos" - BRAVO!

Só falta a tua presença no aniversário prosaico dos Morcegos: grande abraço, minha cara (e mais uma vez, perdão pelos longos hiatos de visita: culpa deste tempo ingrato)!

Nilson Barcelli disse...

Será que a nossa memória genética contém o nosso destino...? Individual e coletivo?
Foi o teu excelente poema que me suscitou estas interrogações, pois interpretei-o com estando diretamente relacionado com elas.
Um beijo e um bom resto de semana, querida amiga Elizabeth.

vieira calado disse...

Gostei do texto e da imagem.
beijinho para si!

O Árabe disse...

Bardos... corações e vozes onde sobrevive a poesia. Boa semana, Elizabeth!