Somos
remanescentes
da
linhagem do afeto,
bardos,
de um outrora
sem
tempo, com versos
manuscritos
de silêncio.
Nossa
bagagem nesta vida
é
séquito de mágoas no peito
e
tristeza imerecida nos olhos,
ignomínia
das lembranças
acumuladas
no estio da existência.
Nossa
trajetória é impiedosamente
sulcada
pela inclemência da solidão,
ponto
de interseção de nossos
inauditos
destinos.
Elizabeth F. de Oliveira
5 comentários:
Versos muito profundos que nos faz refletir. Muito bonito. Um abraçoi e lindo final de semana.
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=> Só quadras
Desde "Vivências" não pisava por estes belos prados cheios de imagens sonoras e permeadas com as brisas mais levemente inebriadas de doces e múltiplos aromas campestres... Como vai, amiga poetISA, a poetizar com tuas tintas redivivas tudo em volta já tão íngreme e cinza: tua missão é mesmo nobre e simplesmente adorei "Bardos" - BRAVO!
Só falta a tua presença no aniversário prosaico dos Morcegos: grande abraço, minha cara (e mais uma vez, perdão pelos longos hiatos de visita: culpa deste tempo ingrato)!
Será que a nossa memória genética contém o nosso destino...? Individual e coletivo?
Foi o teu excelente poema que me suscitou estas interrogações, pois interpretei-o com estando diretamente relacionado com elas.
Um beijo e um bom resto de semana, querida amiga Elizabeth.
Gostei do texto e da imagem.
beijinho para si!
Bardos... corações e vozes onde sobrevive a poesia. Boa semana, Elizabeth!
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