Condenada
fui
á clausura de incontáveis ausências,ladeada por uma solidão de distâncias.
Reclusa e nomeada
de premonitório isolamento,
abstraio-me de olhares incertos,
entoando o chamamento
silente dos reflexos
retidos na memória de algum tempo.
Circunscrita de labirintos
excessivos de saudade,
recobro,
na eufonia de cada instante,
o murmúrio inaudível de olhares
perdidos na inevitabilidade do tempo.
Elizabeth F. de Oliveira
Foto: autoria desconhecida