quinta-feira, 6 de julho de 2017
BORBOLETA
para Tammires
Do casulo da vida
nasci lagarta,
o ventre do Pai
me acolhendo
no colo da timidez.
Mas vieram os dias de Sol
e o movimento do tempo
me fez olhar para fora.
Inebriada fui
pela beleza do infinito
e ganhei asas no quadril:
a liberdade de ser borboleta
nos palcos do mundo,
sem deixar de ser lagarta,
encolhida
na metamorfose do silêncio.
Elizabeth F. de Oliveira
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
NAU FRÁGIL
Náufraga
de
teus olhos,
esse
oceano
de
clara profundeza
que
me engolfa
em
sublime correnteza
para
o abisso
de
mim.
Nau
frágil
à
luz de teus olhos.
Elizabeth F. de Oliveira
DANÇA
"Ter fé é dançar na beira do abismo"
Nietzsche
Coreografo abismos
numa dança nietzschiana
ensaiada pela fé.
Nada sei,
só ouço a música
que me movimenta
no bailado do tempo
e me entrego,
à beira do precipício,
desafiando
a gravidade da lei,
vendada
pela vertigem da paixão.
Elizabeth F. de Oliveira
OPTCHÁ!
Rodopias, gitana,
tua alegria
traçada em todo chão.
Acampas o destino
sob os pés
em nomadismo de mistérios
e lendas.
Trazes, nas veias,
a força de uma linhagem
e a sina
na palma da mão.
Agitas a saia
com euforia e altivez:
fogueira crepitando
no solo da tua essência.
tua alegria
traçada em todo chão.
Acampas o destino
sob os pés
em nomadismo de mistérios
e lendas.
Trazes, nas veias,
a força de uma linhagem
e a sina
na palma da mão.
Agitas a saia
com euforia e altivez:
fogueira crepitando
no solo da tua essência.
Elizabeth F de Oliveira
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