Muitos desertos me habitam:
tenho
os cabelos
tingidos
de ocaso
e
a pele tatuada
pelo
nomadismo das areias.
A
aurora
em
mim inexiste
porque
o sol sempre sangra
em
meu peito.
Regida
pela solidão,
sigo
sem
rumo,
sem
retorno,
com
a certeza
de
que só o silêncio
me
compreende.
Elizabeth F. de Oliveira