sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ALVORADA







Quando tuas mãos
tocarem então as minhas,
voluntariamente presas
às algemas do desejo,
instaurar-se-á o silêncio
no equilíbrio desse instante,
extinguindo reincidentes saudades.
Não importa o quão estejam
as mãos sulcadas pelo tempo,
o coração sempre faz  a idade
parecer menina.
E nesse dia inaugural da realização
dos meus sonhos,
será alvorada no horizonte
do meu peito,
com a vida finalmente amanhecendo.





Elizabeth F. de Oliveira
Foto Francini Saldanha