Estou
com pena
de deixar a noite lá fora,
nessa madrugada de setembro sem outubro.
Cerrar a porta e abandoná-la
sem despedida, mas com a assinatura
do vento nos cabelos.
Estou com pena
nessa madrugada de setembro sem outubro.
Cerrar a porta e abandoná-la
sem despedida, mas com a assinatura
do vento nos cabelos.
Estou com pena
de deixar a noite lá fora,
Com a lua cheia tangendo
sozinha o céu,
arrebanhando as estrelas,
como se elas já não tivessem
passado pela porteira do infinito.
Estou com pena
de deixar a noite lá fora,
com esse vento
Com a lua cheia tangendo
sozinha o céu,
arrebanhando as estrelas,
como se elas já não tivessem
passado pela porteira do infinito.
Estou com pena
de deixar a noite lá fora,
com esse vento
inventando formas,
desdenhando das sombras
que se alternam à sua vontade.
Estou com pena
de deixar a noite lá fora,
assim, ébria de beleza,
desacompanhada de mim.
desdenhando das sombras
que se alternam à sua vontade.
Estou com pena
de deixar a noite lá fora,
assim, ébria de beleza,
desacompanhada de mim.
Estou com pena de quem deixa a noite lá fora.
Elizabeth F. de Oliveira
Foto: autoria desconhecida