quinta-feira, 6 de julho de 2017

BORBOLETA




                                                                              para Tammires


Do casulo da vida
nasci lagarta,
o ventre do Pai
me acolhendo 
no colo da timidez.
Mas vieram os dias de Sol 
e o movimento do tempo 
me fez olhar para fora.
Inebriada fui
pela beleza do infinito
e ganhei asas no quadril:
a liberdade de ser borboleta
nos palcos do mundo,
sem deixar de ser lagarta,
encolhida 
na metamorfose do silêncio.





Elizabeth F. de Oliveira