sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

TUAREGUE






Saara   sou
e tu,  tuaregue
do meu destino.
Persegues tua busca
fincando sobre mim
pegadas fustigadas
pelo nomadismo de tua linhagem.
E segues, com o olhar
perdido no horizonte
da alma,
sem suspeitar
que esse sol que nos une,
também nos condena.
O vento sussurra rotas
em teu ouvido
para que de mim jamais
te percas,
pois em minha solidão
te  abrigas
das intempéries da tua existência.






Elizabeth F. de Oliveira









sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

SELVAGEM





Galopas teu destino
no dorso espesso da vida,
busca incessante de movimento.
Sob os pés,
o sabor de terras inéditas
a desbravar o território
impenetrável de ti.
Um espírito selvagem
segurando a crina do tempo
na ânsia de perscrutar
a etimologia do próprio ser. 







Elizabeth F. de Oliveira