Tua
mão:
inevitável
horizonte de palavras
amanhecer
incessante de poesia
onde
o verso nasce a todo instante
sob
a luz inefável da analogia.
Nesse indecifrável firmamento
em
que orbita eterno o dia,
é
toda palavra
a
aurora de cada momento.
Se
em tua mão vingasse o poente,
um
zênite de lirismo se instauraria:
crepúsculo
de palavras resplandecente.
A
aurora anoiteceria
com
tua sombra a guiar a tristeza,
dança
lúgubre de poesia,
instante
de inominável beleza.
Tua
mão:
limiar
possível de utopia.
Elizabeth F. de Oliveira