sexta-feira, 8 de novembro de 2013

NETUNIANA





Aguilhoada pelo cetro
de uma mitologia,
trago, sob a pele,
o estigma do devaneio.
Livre, galopo no campo
dos sonhos em cavalo
alado de pensamentos.
Embora minha trilha
margeie sequentes abismos,
guiada sou pela linha do horizonte,
ávida de  auroras e poentes,
vislumbrando  o brilho
utópico das estrelas.
Bebo da fonte de Netuno,
mais profunda que o
precipício de existir, porque
é ela que me sacia a sede abissal
da emoção e me liberta
nesse universo de imensidão.




Elizabeth F. de Oliveira