Minha poesia é meu canto
íntimo
inerme
mudo
um alarido de palavras
sem som,
guiando em silêncio
meus significados de ser.
Os símbolos me entoam
em dança sagrada,
dervixes rodopiantes de emoções.
Tudo me é melódico e eufônico
no ventre das palavras.
Nada sou
além de voz que canta
no papel a música inaudível
de mim mesma,
sonoridade oculta
da palavra que sou.
Elizabeth F. de Oliveira
Tela de C. Toffolo