sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

TUAREGUE






Saara   sou
e tu,  tuaregue
do meu destino.
Persegues tua busca
fincando sobre mim
pegadas fustigadas
pelo nomadismo de tua linhagem.
E segues, com o olhar
perdido no horizonte
da alma,
sem suspeitar
que esse sol que nos une,
também nos condena.
O vento sussurra rotas
em teu ouvido
para que de mim jamais
te percas,
pois em minha solidão
te  abrigas
das intempéries da tua existência.






Elizabeth F. de Oliveira









2 comentários:

Graça Pires disse...

Adorei o teu poema, Elizabeth e lembrei-me do que escrevi um dia: no deserto nascem os feiticeiros da sede...
Um grande beijo, minha Amiga.

A.S. disse...

Lindo poema Elizabeth!
Apesar da aridez do deserto, há sempre um oásis onde saciar a sede...

Beijo!
AL