sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ALVORADA







Quando tuas mãos
tocarem então as minhas,
voluntariamente presas
às algemas do desejo,
instaurar-se-á o silêncio
no equilíbrio desse instante,
extinguindo reincidentes saudades.
Não importa o quão estejam
as mãos sulcadas pelo tempo,
o coração sempre faz  a idade
parecer menina.
E nesse dia inaugural da realização
dos meus sonhos,
será alvorada no horizonte
do meu peito,
com a vida finalmente amanhecendo.





Elizabeth F. de Oliveira
Foto Francini Saldanha

7 comentários:

Nádia Santos disse...

Idade... tempo... nada disso importa, quando o desejo aflora... Adorei! Bjus

vieira calado disse...

É bem verdade que o amor não escolhe idades!

Beijinho para si!

Nilson Barcelli disse...

O coração pode tornar um adulto em adolescente...
Adorei o teu poema, que é excelente. Na forma e no conteúdo.
Elizabeth, tem um boa semana.
Um abraço.

A.S. disse...

No teu peito fundiste poente e alvorada... hora cósmica onde os corpos se fundem sem tempo e sem idade!

Beijos,
AL

Dilberto L. Rosa disse...

Adorei as mãos sulcadas pelo tempo, doces imagens poéticas de um encontro de amor preso pelo tempo... Parabéns pelo dia do poeta, "minha poeta" (vez que cospes no sufixo "isa", rs): abração!

Nilson Barcelli disse...

Voltei para te ler.
Mas tive que te reler... ainda que com agrado, dada a excelência das tuas palavras.
Beijinhos, querida amiga.

Maria Piê Bandeira disse...

Tão bom te reler neste primeiro dia do ano! És tão única, tua poesia traz doce alegria e beleza aos corações. beijos carinhosos, Piê