A vida me amanhece Pesando os minutos de se permitir. Não sei se lá fora o sol Se levanta guardando em si Um propósito de realização Ou se as horas que se aguardam Na senda do existir São fios de vivência que subsistem No caos ardente das emoções.
Somente tuas mãos são capazes de atenuar a dor que me excede por entre os dedos. Somente o teu abraço pode devolver-me o equilíbrio absente, esquecido no caminho extenuado do sentimento. Eu te preciso-me nos minutos da vida; visto que eu-metade, sozinha, não me faço inteira, só me faço saudade.
Em águas escuras de saudade, navego una, por entre a paisagem semântica do meu sentimento. Deslizo sobre uma emoção espelhada de verdades veladas. O barco que me conduz me naufraga e me resgata na sendas incendiadas pelo verde que se dilata em minha retina. Una, eu e o rio, solitários e perdidos em algum braço esquecido de navegação. Una, eu me reflito, nessa águas que me conduzem ao coração.
Elizabeth F. de Oliveira Foto: Cássia C. Lopes Rio Una em Morros- MA
Dedilho no violão a inocência presente na infância. Tento buscar na sonoridade das cordas as notas que deram o tom perfeito aos sonhos que um dia alimentei. Quando tocar uma canção, estarei dedilhando os anseios dos acordes perdidos na inconsequência do tempo.