sábado, 19 de julho de 2008

Saudade





Somente tuas mãos
são capazes de atenuar
a dor que me excede
por entre os dedos.
Somente o teu abraço
pode devolver-me
o equilíbrio absente,
esquecido no caminho
extenuado do sentimento.
Eu te preciso-me
nos minutos da vida;
visto que eu-metade,
sozinha,
não me faço inteira,
só me faço saudade.




Elizabeth F. de Oliveira
Foto Antonio Maia

9 comentários:

Cássia Lopes disse...

"Eu te preciso-me", é muito lindo, muito profundo!
A postagem ficou perfeita, como sempre!
;*

Graça Pires disse...

Lindo o teu poema, minha amiga Elizabeth. "Saudades quem as não tem, tenho a minha alma cheinha", cantava assim quando era miúda.
Tambem tenho saudades de ti. Um beijo.

Anônimo disse...

"visto que eu-metade,
sozinha,
não me faço inteira,
só me faço saudade."
A outra metade são os bons momentos da vida que só nos trazem alegria, mas passam, e realmente deixam saudade!!!
=)
Bjim*

Ateliê Segredos da Lua disse...

tudo tão lindo.........sempre!!!!

Victor Oliveira Mateus disse...

Obrigado pela sua visita à minha "Dispersa Palavra"... Apercebi-me que nos seus links
estão dois autores amigos: "Ortografia do olhar" e "Arquipélago do silêncio". Vou também fazer um link com o seu blog. Ainda por cima apercebi-me de outro pormenor: acabei de organizar uma antologia de litera-
tura luso-brasileira e no seu blog encontrei um ou dois autores que
seleccionei. Um montão de coincidências. Abraço.

vieira calado disse...

"Eu te preciso-me" é muito inovador.
E a poesia requer continuada inovação.
Bjs

Marinha de Allegue disse...

Fermosos versos cheos cheos de sentires...

Unha aperta.
:)

*gustoume descubrir este espazo.

Anônimo disse...

Lindo! Lindo! Lindo! =')


"(...) não me faço inteira,
só me faço saudade."

Anônimo disse...

Maravilhoso!!!!!!!!!!!!