sábado, 15 de novembro de 2008

Manhãs




Compreendo a melancolia
Do nascente que sepulta,
A cada velho dia,
Os últimos raios de luz
Num poente instante.
As manhãs renascem
Para morrerem lentamente
No ocaso de todo dia.
Elas ensaiam,
Bem diante dos nossos olhos,
O momento derradeiro.
É quando tudo torna-se finito,
Efêmero,
Sem a mínima chance de absolvição.





Elizabeth F de Oliveira
Foto Raphael o pensativo

18 comentários:

Graça Pires disse...

Viver os sonhos e esperar que a verdade de nossos olhos nos redima... Todos os dias. Em todas as horas. Mesmo quando "as manhãs renascem para morrerem lentamente
no ocaso de todo dia".
Gostei muito do poema e da fotografia.
Um beijo minha amiga Elizabeth.

Anônimo disse...

Belo poema!
Lembra-nos que no ocaso também principia um outro dia!
Um abraço Elizabeth

Unknown disse...

A cada nova postagem de Elizabeth, o dilema se reapresenta:

O que é mais belo, o poema ou a fotografia que emoldura o poema?

Vence sempre a criatividade linda da artista querida.

Mesmo assim, que magnífico cenário crepuscular, a lembrar plácidas tardezinhas de São José dos Campos!

Anônimo disse...

Este Poema nos conduz ao sentimento da chegada e da saída, do nascer e do morrer.
A aurora e o crepúsculo se confundem em semântica e em beleza,
com a mesma intensidade do começo e
do fim.
Você, Beth, se confunde com a beleza interna de criar e com a beleza externa de Ser.
Dinarte, l7/11/08.

Nilson Barcelli disse...

O que eu compreendo é a sua excelente poesia.
E não apenas neste poema, que é de fino quilate poético.
Parabéns cara amiga, saio daqui encantado, sempre.
Beijinhos.

Anônimo disse...

As manhãs precisam renascer a cada dia para merecerem o ocaso.
Belíssima postagem! Sempre!
Bjos
,*

Anônimo disse...

Parabéns, Bete !!!!!
O blog e os poemas estão cada vez melhores ... quantas sutilezas ... as fotos estão lindas e a sua então ... fico sempre, sempre muito orgulhosa de vc. Muito sucesso !!!!
Van

mundo azul disse...

Muito bonito o seu poema!

Casamento perfeito de fotografia e imagem...


Beijos de luz e o meu carinho!

vieira calado disse...

"Tudo o que nasce é para morrer!"

Bjs

Anônimo disse...

"Elas ensaiam,
Bem diante dos nossos olhos,
O momento derradeiro."

Se soubéssemos que seria o derradeiro, certamente não seria apenas um ensaio...
Quando será, então, a apresentação?
Acontece todos os dias para aqueles que se vão...e não voltam mais!!!
É uma bênção quando estes lhe dão valor...

Magnífico poema!!
Parabéns!!
Bjs.

Victor Oliveira Mateus disse...

Gostei do poema, Elizabeth. E muito bem articulado com a fotografia. Sai-se daqui com uma melancolia boa... uma melancolia que é quase paz!
Abraço Grande.

O Profeta disse...

Sou palavra perdida no silêncio
Gerada no ventre do Mar
Grinalda de perdidos sonhos
O passado do verbo amar

Amei!
Voar na chegada de cada Primavera
Pintar de luz as cores do verão
Pisei o tapete das folhas de Outono
Acendi em cada inverno uma fogueira de paixão


Convido-te ao encontro com o meu “Eu”


Mágico beijo

d'Angelo Rodrigues disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
d'Angelo Rodrigues disse...

Concisão, ritmo, sutileza. É o entendimento da finitude sussurrado delicadamente. Lindo, Elizabeth, lindo!

Anônimo disse...

Good Sunday morning, beautiful Poet.
I do hope you may soon write poems which speak only about joy, about love, about real happiness.

Beauty of life should never be forgotten. Never.

Have a joyful Sunday closer and closer to those you love.

Memória transparente disse...

"Compreendo a melancolia
Do nascente...
Os últimos raios de luz
Num poente instante."

Lindo.

Anônimo disse...

Poema belissimo minha querida amiga. E conte-me, o segredo de 'tão belas imagens...

Joop Zand disse...

Great picture Elizabeth....
well done.

greetings, Joop

http://jfotograaf.blogspot.com