Tu inauguraste a galeria do meu sentimento com a tela mais impressionista da emoção. Emoldurada de sonhos, é a obra-prima dos meus anseios, incondicionalmente presa à parede surreal da minha excessiva espera.
Tu és gratia plena em minha poesia. Fez-se luz no horizonte das minhas palavras, na semântica da oração dos meus versos. Bendito é o fruto do teu sentimento, que verte de águas os caminhos da minha sede. Amen.
Sempre vivi Intercalada de saudades, mergulhada, semanticamente, na latência dos sonhos. É como se a aurora nunca raiasse em meus dias, coexistindo em mim um crepúsculo permanente de vida. A timidez da luz sempre foi constante no céu do meu domínio, instaurando perenemente uma meia-claridade de sonhos e velados anseios.