terça-feira, 17 de maio de 2011

RETOQUE


Retoquei a linha do horizonte
no afã de me livrar
do crepúsculo da solidão,
penumbra prematura da minha sede.
Mas meus olhos divagaram
perplexos de saudade,
confinando-se voluntariamente
no último instante do poente da memória,
à espera de um milagre
na rutilância secreta dos teus olhos.




Elizabeth F de Oliveira
Foto Álvaro Manuel Mendes Cordeiro

7 comentários:

João A. Quadrado disse...

[nunca definitivo o horizonte, o coração mais dentro do olhar]

um abraço,

Leonardo B.

Graça Pires disse...

à espera de um milagre que te traga poentes cheios de luz e sem vestígios de solidão...
Um belíssimo poema.
Um beijo e saudades querida Elizabeth.

Nilson Barcelli disse...

"confinando-se voluntariamente
no último instante do poente da memória,
à espera de um milagre
na rutilância secreta dos teus olhos."
Belíssimo poema. Gostei muito das tuas palavras.
Querida amiga Elizabeth, tem uma boa semana.
Beijos.

Greice F. Guimarães disse...

"(...) Mas meus olhos divagaram perplexos de saudade (...)".

Belíssimas letras! (rs)
Beijos com saudades.

mundo azul disse...

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...lindo poema!

A foto também é muito bonita...


Beijos de luz e o meu carinho!!!

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d'Angelo disse...

..."último instante do poente da memória"... "rutilância secreta dos teus olhos"...Belo, belo, belo, Elizabeth.

A.S. disse...

Nos teus olhos cabe todo o universo!
Os meus... apenas contemplam fascinados o doce brilho dos teus!


Beijos!
AL