terça-feira, 4 de dezembro de 2012

RUA








Toda rua tem memória,
tem saudade;
dos transeuntes amenos
que pontuam seus passos
de incógnito paradeiro;
do peso da solidão
sob a sola dos sapatos
dos que se perdem
em tão curto trajeto;
da estreanheza do lugar
dos que se encontram
perdidos na intimidade
de seus sonhos.
Toda rua tem memória,
tem saudade;
de um tempo em que seu nome
era só promessa escrita
em algum papel
quando um bosque cobria de verde
esse asfalto,
que segrega casas lado a lado.




Elizabeth F. de Oliveira
Foto: autoria desconhecida

5 comentários:

vieira calado disse...

Sim, amiga!
A rua terá saudade de quando ainda era bosque, mato, campo aberto!
Gostei do seu poema!

Bjsss

O Árabe disse...

Cada vez melhor o seu café, Elizabeth. Gostoso saboreá-lo no meio desta rua! :) Boa semana.

Nilson Barcelli disse...

Tudo tem a sua memória, mas a saudade consegue torná-la ainda maior.
Gostei muito do teu poema, é magnífico.
Elizabeth, querida amiga, tem um bom fim de semana.
Um abraço.

partilha de silêncios disse...

Votos de um Feliz Natal

bjs

O Árabe disse...

Feliz Natal, amiga; maravilhoso 2013!