terça-feira, 17 de setembro de 2013

LABIRINTO DAS CERTEZAS




Eu me perdi 
no labirinto da verdade.
E aprendi que o caminho
da certeza nem sempre conduz
à porta de saída
e que nem toda verdade
é precisa ou exata;
sempre há um atalho
conduzindo a estranhas 
incertezas.
Quem se perde,
não está de todo perdido,
porque perder-se é também 
encontrar-se ou, quem sabe,
reconciliar-se com o caminho.






Elizabeth F. de Oliveira
Foto: Daniel Oliveira


6 comentários:

Dilberto L. Rosa disse...

Muito bonito... Fiquei aqui perdido em meio aos jogos labirínticos de palavras cheias de imagens e me quedei a perguntar-me sobre quando começarei a conciliar-me com meu caminho, onde, há muito tempo, eu já me esqueci de ter-me perdido... Obrigado pelas boas reflexões! Um abraço, Poetisa-poeta (para que ninguém brigue...)!

Nádia Dantas disse...

Profundas reflexões...
Belíssimo poema e sua sensibilidade, Elizabeth!

Beijo :)

O Árabe disse...

Assim é, Elizabeth: existe uma dúvida, na raiz de cada certeza. Belo texto, bom resto de semana!

A.S. disse...

Muitas vezes precisamos perder-nos para nos encontrarmos!...


Beijos Beth!...

AL

Nádia Santos disse...

Perfeito Elizabeth, concordo! Um carinhoso abraço pra ti.

Jaime E. Cannes disse...

Sim, a verdade é labiríntica! E ao perder-se nos encontramos com uma face ainda maior da verdade que conhecíamos!... Lindo poema e linda reflexão! Beijos no seu coração minha querida.