sexta-feira, 8 de novembro de 2013

NETUNIANA





Aguilhoada pelo cetro
de uma mitologia,
trago, sob a pele,
o estigma do devaneio.
Livre, galopo no campo
dos sonhos em cavalo
alado de pensamentos.
Embora minha trilha
margeie sequentes abismos,
guiada sou pela linha do horizonte,
ávida de  auroras e poentes,
vislumbrando  o brilho
utópico das estrelas.
Bebo da fonte de Netuno,
mais profunda que o
precipício de existir, porque
é ela que me sacia a sede abissal
da emoção e me liberta
nesse universo de imensidão.




Elizabeth F. de Oliveira

4 comentários:

O Árabe disse...

Belo texto, Elizabeth! Interessante como algumas imagens despertam o universo de emoções que existem em nós. Boa semana, amiga; obrigado.

Nilson Barcelli disse...

"Bebo da fonte de Netuno, mais profunda que o precipício de existir, porque é ela que me sacia a sede abissal da emoção..."
Muito embora todo o poema seja magnífico, foste excepcionalmente boa neste trecho, só ao alcance dos grandes poetas. Gostava de ter sido eu a escrevê-lo...
Elizabeth, minha querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.

Nilson Barcelli disse...

"Bebo da fonte de Netuno, mais profunda que o precipício de existir, porque é ela que me sacia a sede abissal da emoção..."
Muito embora todo o poema seja magnífico, foste excepcionalmente boa neste trecho, só ao alcance dos grandes poetas. Gostava de ter sido eu a escrevê-lo...
Elizabeth, minha querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.

Maria Piê Bandeira disse...

Só mesmo uma autêntica pisciana como você poderia dar conta de traduzir a profundidade da alma netuniana tão lindamente. Beijos saudosos