sexta-feira, 7 de março de 2014

TUAS MÃOS (de poeta)






As palavras habitam
teus dedos, tuas mãos:
colo côncavo de poesia
aquecida no silêncio
da emoção.
Quando ganham movimento,
é gesto: rumor de inspiração
um vagar no tempo,
sem futuro, sem outrora
só o agora
eternizando o momento.






Elizabeth F. de Oliveira



3 comentários:

Graça Pires disse...

Em teu "colo côncavo de poesia" podes repousar as mãos à espera das palavras com de luz que eternizam o poema e escondem tuas sombras...
Um grande beijo, minha querida amiga, Elizabeth.

d'Angelo disse...

São suas essas mãos de onde transbordam as palavras e a beleza. Lindo poema.

A.S disse...

Escrevo com as mãos nuas.
A nudez, permite a transparência das sílabas,
o decantar das sombras na escadaria da noite,
a penetração no obscuro, a revelação do invisível.

Beijos, querida Beth!
AL