sexta-feira, 18 de julho de 2014

MÃOS ALADAS






Mãos não voam,
eu sei.
Porém, quando me deparo
com as tuas,
vislumbro nelas
a intrínseca capacidade de voar.
Não com asas comuns
cobertas de penas,
mas de palavras,
lançando-as na imensidão
do azul-lírico do teu firmamento
e fazendo-as alcançarem
a  infinitude  de  significados
que ecoam nos quatro cantos
do teu uni(verso).
Um voo de rara beleza esse,
que somente tuas mãos realizam
nesse horizonte próprio,
cujo sol é a metáfora mais vívida 
de ti. 






Elizabeth F. de Oliveira



3 comentários:

Graça Pires disse...

É como se o teu poema quisesse citar o "nosso" Eugénio de Andrade": "Só nas minhas mãos ouço a música das tuas"...
Gostei do teu poema, minha querida amiga Elizabeth.
Um grande beijo.

Nádia Dantas disse...

Poema e imagem belíssimos!
Abraços, Elizabeth:)
Feliz semana!

A.S. disse...

Muito belo o teu poema Beth!...

Beijos,
AL