Meus olhos peregrinam
A lembrança da tua presença.
Reclusos dos teus olhos,
Eles tateiam solidão
Na escuridão da saudade,
Sem saber onde colocar os passos.
Mal acostumados com a luz das tuas retinas,
Meus olhos se perdem
Em um lugar onde não se faz caminho,
Sem a remota possibilidade de reencontro.
Elizabeth F de Oliveira
Foto Zélia Paulo Silva
10 comentários:
Não sei fazer comentários poéticos, mas sei apreciar o belo! Belissimo poema! ;*
"Sem a remota possibilidade de reencontro."
Poxa, e assim convivemos com a saudade!
=)
Parabéns pelo magnífico talento...
- ai ai...mais um para a minha coleção de poemas perfeitos de Elizabeth F. de Oliveira.
'TãO lindo! =')
Perfeita essa relação entre saudade e olhos...profundo! estranho!
Extremamente divino!.
(Preferido: "Mal acostumados com a luz das tuas retinas,
Meus olhos se perdem")
P.S.: Minha Tia. - amo você! =D
"Meus olhos se perdem
Em um lugar onde não se faz caminho,
Sem a remota possibilidade de reencontro."
Estes versos são os meus preferidos do poema que aqui deixas. Gostei muito e espero que para nós haja, um dia, o encontro que desejamos. Um beijo minha Amiga de além-mar.
Para além dos versos:
"Meus olhos se perdem
em um lugar onde não se faz caminho"
que achei muito muito belos. Gostei
também imenso do primeiro verso.
Mas esta é apenas uma modesta opinião.
Abraço.
Cara Poetisa Elizabeth, elogiar seus poemas me faz sentir, neófito que sou em assuntos de Poesia, como se sentiu Anna Holtz ao elogiar a obra de Ludwig van Beethoven, um asno elogiando a obra do Criador. Ao menos foi assim que se expressou um surpreendemente rude Beethoven, ao ouvir da compositora iniciante o elogio enternecido à sua grandiloquente Nona Sinfonia - A Song of Joy. Mesmo assim, ouso elogiar. Teu trabalho é digno representante da Athenas Brasileira. Hoje St. Louis, amanhã o Mundo, God willing. Parabéns, go ahead.
Não conhecia o seu blogue, que encontrei por acaso, mas onde li belíssimos poemas.
Elizabeth, parabéns pela qualidade literária do que escreve.
Bom fim de semana.
É... Se deixar guiar pela luz das retinas de outra pessoa é sempre perigoso, justo pela possibilidade de ficarmos no escuro. Mas quem há de não se render à bela luz do amor...
Esse "lugar onde não se faz caminho" é chão fecundo para a sua linda semeadura.olegnad
Postar um comentário