E chega um dia...
E chega um dia em que reconhecemos
finalmente
a injustiça das palavras -
exactamente as mesmas
para quem vai e para quem fica
um dia
em que não há mais passado para contar
nem mais futuro para viver
apenas uma velha cantiga a embalar
uma casa desaparecida
e este limbo ocasional
onde o corpo
espera que anoiteça
Alice Vieira
Em 'O Que Dói às Aves'
Foto Carla Salgueiro
19 comentários:
Ainda bem que regressaste, minha amiga. Este poema da Alice Vieira é lindíssimo como todos os poemas do livro. Percebo o significado de escolheres este. Um beijo enorme para ti.
Good evening, lovely Brazilian Poet, I did love the new picture of yours!!!
I saw a pretty young face there, you look like a girl!
By the way, haven't watched that picture before???
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...é muito lindo esse poema! Obrigada por compartilhar conosco... Parabéns à poetisa!
Beijos de luz e o meu carinho...
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Elizabeth,
Ler suas palavras cheias de carinho encheu meu coração de ternura. Essa blogosfera nos proporciona muitas possibilidades lindas e uma delas foi ter conhecido sua sensibilidade cheia de luz.
Beijo grande, menina linda.
Rebeca
-
esses momentos eu costumo chamar de "vácuo existencial" ... rsss
mas uma cantiga pra embalar sempre cai bem ...
Bela escolha! :) Obrigado, boa semana.
Obrigado pela partilha.
Bjs
Escolheste mais um belíssimo poema.
Querida amiga, bom fim de semana.
Beijo.
"Bebo o mar
(...)
na ânsia de matar a sede dos olhos"
Que agradável aparecimento.
Este seu cantinho é um en(CANTO). Já vi que é uma pessoa atenta às coisas belas da vida.
Obrigado pela visita ao meu Labirinto de Olhares.
Abraço de Portugal
Querida que bom ter voltado. Sabe, mesmo depois desse dia em que o corpo pede que anoiteça é possível que um outro dia luminoso amanheça na sequência da noite. Acredito nesse movimento...um beijinho para si
Ah mas esta calmaria aprisionada
Sobe ao celeste um frio arrepio
Entre o mar e as negras pedras
Vive um coração de onde escorre um rio
Onde moram sereias douradas
Onde os peixes falam de amor
Onde as pedras são felizes
Onde as águas lavam o rancor
Boa fim de semana
Doce beijo
Voltei... mas não há novo post...
Querida amiga, um bom resto de semana.
Beijo.
Os días chegan e eu tamén voltei companheira.
Unha aperta e un beijo Elizabeth.
;)
Peguei-me questionando:
Será que a palavra mentirosa machuca com tanta força a pessoa que a pronuncia bem como a pessoa que a escuta?
Mais cedo ou mais tarde?
Não sei.
Adorei seu blog, visito sempre.
Parabéns.
Reverencias as tuas letras querida amiga! Belissimo texto!
Gosto quase sempre do que a Alive Vieira escreve.
E este poema é magnífico, mas não conhecia.
Querida amiga, obrigado pela partilha.
Bom fim de semana, beijo.
Como são injustas, muitas vezes as palavras, não é mesmo?
Bellíssima escolha para postagem.
Estou com Saudades das nossas pausas para os cafés recheados de Poesia!
Beijos no coração!
Cássia.
Poema intimista belíssimo de Alice Vieira, tocando-me uma "nota" de sentimento em um diálogo que tive nesta tarde.
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