quarta-feira, 6 de abril de 2016

HEBRAICO








Procuro
nesse alfabeto antigo,
a sombra de um
antepassado,
um mar morto em mim.
Mas a geografia dos meus olhos
é  Aravá,
o deserto que fui e ainda sou.
Passos incertos
peregrinando a história
do que busco:
encontrar-me,
sem muro ou lamentação
do que fui
e do que me tornei.








Elizabeth F. de Oliveira




Um comentário:

Graça Pires disse...

Um poema muito belo de quem sabe entrar dentro de si mesma e encontrar o seu próprio deserto para conhecer a nascente de tanta sede...
Um beijo, minha querida amiga e saudades.