quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

UM INSTANTE





Quando o cansaço cerra
os meus olhos com a lâmina
pesada do cotidiano,
habito, instantaneamente,
o universo paralelo do meu peito.
Em um lampejo eterno de segundo,
reviso lágrimas e sorrisos;
dias ensolarados de êxtase
e tempestades de tristezas.
Revejo sonhos, propositalmente
esquecidos na frustração do tempo.
Reacendo lembranças boas,
Mantidas, bem guardadas,
para casos de sobrevivência.
Reanimo os amores que carrego
na asfixia do meu peito.






Elizabeth F de Oliveira
Foto Marta Ferreira

15 comentários:

A.S. disse...

Quando fechas os olhos, todas as emoções são mais intensas!...


Beijos!
AL

Graça Pires disse...

"Quando o cansaço cerra
os meus olhos com a lâmina
pesada do cotidiano," ...
O começo de um poema excelente, emocional, que desenha a memória dos sentimentos de quem sabe que nunca tem fim o tempo dos desejos.
Um grande beijo minha querida Elizabeth e saudades, muitas...

vieira calado disse...

É bom guardar as boas lembranças.

As outras, é deitá-las para o dust bin...

Saudações poéticas

~*Rebeca*~ disse...

Asfixiar as coisas boas no peito é saber ficar sem ar na hora de amar.

Que lindo, Elizabeth. Você transmite uma baita intensidade.

Beijo imenso.

Rebeca

-

apaixonado disse...

Quando fechamos os olhos é quando nos encontramos com nós mesmos remetendo as lembranças da nossa história.
Lindo Poema.
Bjos

Mara faturi disse...

Obrigada pela visita, volte sempre!!
Me encantando com tudo por aqui; Poesia quando corta com lâmina de seda nem dói...é bom de sentir;))
Bjo

O Árabe disse...

Um instante, talvez... porém, que eterno instante! :) Boa semana, amiga.

partilha de silêncios disse...

Obrigada pela sua visita ao partilha de silêncios.Costumo vir ao pausa para um café, é reconfortante, mas confesso que o tenho feito silenciosamente.

beijinhos

Cássia disse...

Habito, instantaneamente,
o universo paralelo do meu peito ao ler seus poemas. São belas sempre as tuas palavras.
Há tempos não passava por aqui.


Beijos!

Cássia

Anônimo disse...

venho agradecer a simpatia das suas visitas à tradução da memória. gostei especialmente das imagens que aqui encontrei. um grande beijinho.

Nilson Barcelli disse...

"...habito, instantaneamente,
o universo paralelo do meu peito."
Há instantes em que o sentir asfixia se ficar retido no peito...
Belíssimo poema, querida amiga. Muito bom. Beijos.

~*Rebeca*~ disse...

Coisa lindas suas palavras...

Beijo bem grandão, Elizabeth

Rebeca

-

Nathalia Ferro disse...

A vida é só um instante, e mesmo assim existem pessoas com capacidade para esmiuçá-la tão bem. Obrigada por nos participar destas belezas que a agudez da tua percepção captura.
Vida longa à sua poesia clara, de versos lindamente simples.

Beijos!

vieira calado disse...

Acabei por ler outras postagens.

Mas não percebi a que se refere.

Não faz mal...

Bjsss

~*Rebeca*~ disse...

Pintar as cores do amor é profundamente lindo. E suas palavras, Elizabeth, sabem o signifcado do instante que finca na vida.

Beijo imenso.

Rebeca

-