terça-feira, 30 de setembro de 2008

Cavaleiro Andante





À luz da penumbra
silenciosa da noite,
tento repousar os anseios
que me trafegam
o sangue de ausências.
Nesse percurso gravado
por solitárias pegadas,
ouço passos
uníssonos aos meus.
Eis que surge
um cavaleiro andante,
que com sua pena
reescreve-me as páginas
já viradas de solidão,
contornando de palavras
e preenchendo com metáforas
os espaços dos devaneios
habitados pelo branco.
Nesse instante, sua mão
entrelaça de vontade a minha.







Elizabeth F de Oliveira
Foto João Vasco

8 comentários:

Graça Pires disse...

"Nesse instante, sua mão
entrelaça de vontade a minha".
O cavaleiro andante da inspiração e da imaginação, veio fazer-te uma visita. E surgiu o poema na "penumbra silenciosa da noite"...
Gostei. Um beijo Elizabeth.

vieira calado disse...

Bem bonito!
Bjs

Anônimo disse...

Belíssimo!
Bjos

Nilson Barcelli disse...

Gostei do poema, é lindo.
O "cavaleiro andante" já foi tão usado na literatura, mas está tão esquecido.
Foi bom teres ido buscar tão emblemática figura.
Beijinhos.

A Conxurada disse...

Eu tamén busco ese cabaleiro andante...aínda que teña que ser eu a que o rescate.

ANORKINDA NEIDE disse...

Nossa! encontrei teu blog hoje, me emocionei, quanta inspiração linda de se ler!!

continue continue!!

clap clap

d'Angelo Rodrigues disse...

"Reescreve-me as páginas já viradas de solidão" me faz pensar nos capítulos futuros da beleza da sua poesia.

Marinha de Allegue disse...

Elizabeth a imaxe elexida concorda firmemente coas túas palabras...

Fermoso conxunto!!.
Beijinhossssssssss desde aquí.
:)